Na última edição do ESX — maior evento de inovação do Espírito Santo e um dos mais importantes do país, a Presidente da Poliniza, Máyra Belem, mediou o painel “Quando a Ciência Vira Negócio”, que reuniu representantes das universidades, Sebrae e mercado para discutir os desafios e oportunidades de transformar conhecimento científico em soluções reais para o mercado.

A proposta do painel foi clara: como fazer a ponte entre a bancada e o mercado, da teoria à prática, da pesquisa à inovação? Discutimos desde identificação de um desafio, a validação do problema até os caminhos para a captação de recursos, passando por temas centrais como propriedade intelectual, transferência de tecnologia, relacionamento com o ecossistema e a importância de parcerias estratégicas para os projetos acontecerem.
Entre os destaques do painel, trouxemos dados relevantes que embasaram as reflexões:
- O Brasil conta hoje com 875 startups deep techs, sendo que mais da metade está concentrada em São Paulo (fonte: Emerge + Banco Itaú).
- Em 2023, publicamos mais de 156 mil artigos científicos, mas apenas 3,5% das patentes registradas por universidades foram objeto de transferência de tecnologia na última década.
- A produção de conhecimento é significativa mas a transposição para o mercado ainda encontra entraves estruturais, culturais e normativos.

O encontro reuniu nomes estratégicos que estão na linha de frente da transformação da pesquisa em soluções concretas para a sociedade. O debate contou com a participação de:
👤 Prof. Alessandro Coutinho(UVV e ICCA)
👩🔬 Profa. Mirian Magdala (UFES)
👨🏫 Prof. Felipe Malheiros (IFES)
📊 Agnaldo Dantas (Sebrae Nacional)
💡 Evandro Milet (Consultor – Pecbank)
As perguntas direcionadas aos painelistas abordaram questões essenciais, como:
- O papel das universidades e dos NITs na formação de startups científicas;
- Os impactos do Marco Legal de CT&I e os desafios da sua implementação no ambiente acadêmico;
- As experiências práticas com programas como o Catalisa ICT, que apoia a jornada do pesquisador-empreendedor;
- A necessidade de fomentar uma cultura de inovação aplicada em instituições públicas e privadas;
- Recursos públicos e privados – qual é o momento oportuno para acessá-los na jornada empreendedora
A Poliniza, como uma ICT privada sem fins lucrativos, que atua com estruturação de projetos de inovação reforçamos, nessa oportunidade, o quanto esses diálogos são fundamentais. Eles iluminam os caminhos e os nós que ainda precisamos desatar para que a ciência brasileira gere mais valor para a sociedade.
Inclusive, Máyra Belem, que mediou o painel, também atua como consultora do programa Start DeepTec do Sebrae for Startups, em São Paulo, por meio da Wylinka, que apoia fortemente a aproximação das academias e do mercado. A experiência que acumulou orientando quase 70 startups nascidas dentro de universidades, durante quase três anos, traz um olhar prático e sensível sobre os grandes desafios de transformar conhecimento científico em negócios inovadores e sustentáveis.

A boa notícia? Já estamos fazendo. Da Maratona MedSênior + Sebrae à articulação entre Sebrae, ICTs e pesquisadores, vemos brotar novas sementes de transformação. Mas para que floresçam, é preciso regar com política pública, governança, recurso de fomento, parcerias fortes e coragem para inovar nas estruturas.
Seguimos comprometidos em polinizar essa jornada. Podemos conversar mais sobre esse tema tão importante para o ecossistema de inovação nacional – é só nos chamar! 🧪🐝✨
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