A participação de Guilherme Calheiros, mais conhecido como Guila, atual Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em uma das mesas de debate da 33ª Conferência Anprotec trouxe reflexões importantes sobre os desafios e os próximos passos para fortalecer o ecossistema nacional de inovação. Guila, recentemente, atuou como Superintendente da Anprotec.
Guila ressaltou a importância de conectar programas, ações e instrumentos de políticas públicas ao longo do percurso empreendedor, desde a formação do indivíduo até a consolidação do negócio. Ele destacou que a fragmentação e a falta de diálogo entre diversos programas, como o InovAtiva, por exemplo, são obstáculos a serem superados.

Imagem: Jornal da Economia Digital
Para Guila, uma abordagem integrada é fundamental, não apenas para o desenvolvimento dos empreendedores e seus negócios, mas também para garantir o uso responsável dos recursos públicos, dinamizando a economia e maximizando os impactos dessa sinergia.
Outro ponto crucial abordado foi a necessidade urgente de retomar investimentos na área de apoio ao empreendedorismo e fortalecimento de ecossistemas. Segundo ele, há mais de uma década, não há editais que contemplem habitats de inovação, ambientes fundamentais para o desenvolvimento de negócios inovadores que normalmente enfrentam desafios para se manterem de pé nos estágios iniciais da jornada empreendedora. Guila sublinhou o desafio de conectar serviços contratados, como o Sebraetec, à infraestrutura das incubadoras, visando ampliar o acesso a novos mercados.
A Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que não ocorre há mais de dez anos, está marcada para 2024 e foi apontada como uma oportunidade crucial para ouvir a base, compreender desafios e oportunidades, e construir estratégias de longo prazo. Guila enfatizou a importância de ouvir as diferentes realidades do país (que são muitas) e construir a estratégia nacional a partir dessas contribuições.
A retomada da discussão sobre a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação foi apresentada como uma oportunidade para redesenhar o Sistema Nacional de Inovação (SNI), considerando o papel de diferentes instituições, como parques tecnológicos, prefeituras e estados, para operar uma política pública alinhada aos objetivos nacionais, independente de mudanças na gestão pública.
“Nós somos as estruturas, somos as pessoas, as instituições e temos um papel dentro da Política Nacional de Ciência e Tecnologia. Qual o papel de um parque tecnológico? Qual o papel do FabLab? Qual o papel de uma prefeitura? Qual o papel do Estado? Como é que esse sistema roda para operar uma política pública que tem uma estratégia e que busca alcançar os objetivos da política pública?” Guila
As falas de Guila Calheiros destacam a urgência de integração, diálogo e escuta ativa para superar desafios e promover um ecossistema nacional de inovação mais eficiente e alinhado às demandas de toda a sociedade. Essa reflexão é essencial para orientar os próximos passos e fortalecer a capacidade do Brasil em empreendedorismo, ciência, tecnologia e inovação, considerando os desafios complexos de um país de proporções continentais.
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Potencializando a Inovação Capixaba: Uma aliança estratégica com a Anprotec – Poliniza Projetos
26/11/2023[…] desafios são diversos e complexos tanto localmente quanto nacionalmente, como mencionamos no artigo sobre as contribuições do Secretário Guila Calheiros. E cada ator é peça fundamental para contribuir com o desenvolvimento do país, considerando o […]