Potencializando a inovação capixaba: uma aliança estratégica com a Anprotec

Em um cenário de transformações econômicas, sociais, ambientais e avanços tecnológicos jamais vistos, a inovação desponta como uma peça-chave para impulsionar o desenvolvimento do Espírito Santo, do país e do mundo inteiro! 

Recentemente, a Poliniza Projeto firmou uma parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), especificamente para cobrir a 33ª Conferência Anprotec sob o ponto de vista do ecossistema do nosso estado. 

O objetivo é sensibilizar os atores do ecossistema de inovação capixaba, incentivando-os a se tornarem participantes mais ativos no cenário nacional e a explorarem novas oportunidades de aprendizado, colaboração e as possibilidades de conexão e transformação socioeconômica e ambiental, requisitos para um desenvolvimento sustentável da nossa sociedade, temas amplamente debatidos nesta edição.

A nossa aproximação com a Anprotec, por meio da Conferência anual, por exemplo, abre portas para diversas possibilidades e benefícios para o ecossistema capixaba. Entre as expectativas  destaca-se a oportunidade de conhecer e interagir com outros habitats de inovação, instituições que já percorrem a seara da inovação colhendo muitos resultados e tendo contato com especialistas de instituições de diversas regiões do Brasil. Como sabemos, um ecossistema é composto por atores de hélices diversas, os quais fomentam o empreendedorismo, a ciência, a tecnologia e a inovação.

Fonte: Mapeamento dos habitats de inovação do Espírito Santo

Essa troca de experiências e networking não apenas enriquece o conhecimento local, mas também proporciona uma visão mais abrangente das práticas inovadoras que estão moldando o panorama nacional. Além de participar dos debates sobre os objetivos do Sistema Nacional de Inovação (SNI), é importante saber mais sobre as políticas públicas e as oportunidades de fomentar o empreendedorismo inovador de base, incentivar parcerias, participar de visitas técnicas, viabilizar o desenvolvimento de projetos pelas empresas já consolidadas por meio dos editais, programas e leis de incentivo que viabilizam recursos públicos reembolsáveis ou não. 

Alguns ganhos para o ecossistema capixaba

  1. Ampliação do Conhecimento: A interação com a Anprotec possibilita o acesso a conhecimentos, ações e metodologias aplicadas em outros estados. Essa troca enriquecedora contribui para fortalecer a base de conhecimento do ecossistema capixaba, impulsionando a qualidade das iniciativas locais. Segundo o Mapeamento dos Habitats do Ecossistema do Espírito Santo (Brito, 2023), 90% desses ambientes não conhecem a Anprotec nem como a instituição contribui para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação.
  1. Identificação de Oportunidades de Colaboração: A Anprotec, como uma entidade nacional, conecta diversos atores do ecossistema de inovação. Essa interação promove a identificação de oportunidades de colaboração com incubadoras, aceleradoras, hubs, instituições do terceiro setor, governo e empresas de outras regiões, gerando possíveis parcerias estratégicas para os empreendedores e outros atores do Espírito Santo.
  1. Visibilidade Nacional: A participação em eventos nacionais, como a Conferência Anprotec, proporciona uma vitrine para as iniciativas e projetos inovadores do Espírito Santo. Isso não apenas aumenta a visibilidade das conquistas locais, mas também atrai a atenção de potenciais investidores, parceiros e apoiadores. Além de assistir palestras, participar de debates e mesas redondas, ainda é possível participar de oficinas extras, aplicação do Modelo Cerne e apresentar artigos sobre resultados e boas práticas nos ecossistemas.

4. Contribuição para Desafios Nacionais: Ao se integrar ao ecossistema nacional, o Espírito Santo tem a oportunidade de contribuir ativamente para desafios e discussões que permeiam todo o país. Isso permite que as peculiaridades locais sejam consideradas em iniciativas de alcance nacional, promovendo uma representação mais diversificada. 

Além disso, durante uma recente Audiência Pública com a Ministra Luciana Santos e o Secretário Guila Calheiros, representantes do ecossistema capixaba, junto aos representantes dos hubs locais e de outros estados, destacaram a importância de analisar a realidade local de cada estado. O Espírito Santo, embora esteja na região sudeste do Brasil, possui um histórico social e econômico específico, o que impacta na distribuição dos recursos pelo Governo Federal. 

Possibilidades de aproximação

Uma estratégia promissora do ecossistema capixaba com a Anprotec pode ser considerada em direção a um futuro mais inovador, sustentável e integrado. Ao unir forças, estamos não apenas construindo pontes entre regiões, mas também consolidando o Espírito Santo como um protagonista ativo no mapa da inovação nacional. Essa aliança representa um compromisso com o desenvolvimento socioeconômico e ambiental, impulsionando o potencial empreendedor do estado e pavimentando o caminho para conquistas ainda mais expressivas no cenário brasileiro de inovação.

Nesta edição da Conferência, tivemos representantes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Fundação de Amparo à Pesquisa  do Estados do Espírito Santo (Fapes), mas precisamos de representantes de mais Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), de habitats, do governo estadual e de outras instituições que vão colaborar com os debates que impactam o nosso ecossistema, ao mesmo tempo em que contribui para o diálogo dos desafios nacionais. Um ecossistema de inovação se fortalece ao perceber a importância da atuação conjunta, estruturada e direcionada entre atores diversos. 

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (SECTI) e alguns representantes da Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) têm conversado com a Anprotec, com o intuito de acelerar essa aproximação, tanto pela relevância institucional, quanto para oportunizar a participação de mais atores do ecossistema por meio da associação, que promove capacitações como a do Modelo Cerne, imersões em ecossistemas mundiais, realiza diálogos nacionais com o governo, institutos de fomento, habitats, ICTs entre outras ações.

Os desafios são diversos e complexos tanto localmente quanto nacionalmente, como mencionamos no artigo sobre as contribuições do Secretário Guila Calheiros. E cada ator é peça fundamental para contribuir com o desenvolvimento do país, considerando o nosso potencial inexplorado, que precisa ser ressignificado haja vista as transformações em cenários globais distintos. Afinal, que Brasil queremos?

No próximo ano, a 34ª Conferência Anprotec será realizada em São José dos Campos, São Paulo. A cada ano, uma cidade acolhe o evento como anfitriã. E seria de grande valor nos mobilizarmos para receber os atores do ecossistema nacional, até porque além do estado ser naturalmente lindo, há muito a ser compartilhado pelo Espírito Santo, um ecossistema que trilha uma jornada de quase 30 anos, desde os movimentos iniciais de alguns atores, que se conectaram com o movimento nacional pela ciência, tecnologia e inovação na década de 1980.

Estaremos juntos para contribuir com mais um capítulo dessa história, reconhecendo todos os aprendizados e legados até aqui.

Referência

BRITO, Máyra Belem Tavares de; EDP BRASIL. Mapeamento dos habitats de inovação do ecossistema do Espírito Santo. Vitória, EDP Brasil, 2023.

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